Paraná começa a criar escudo coletivo contra a Covid-19 com o avanço da vacinação

Neste domingo (18) o Estado do Paraná alcançou a marca de seis meses de vacinação contra a Covid-19. Já são mais de 5 milhões de paranaenses vacinados, com isso o Paraná obteve redução na hospitalização de idosos.

No dia 18 de janeiro de 2021, quando a primeira pessoa do Paraná recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19, uma onda de esperança varreu o povo, que há meses são afetados pelos devastadores efeitos do vírus Sars-CoV-2.

Porém, diante da cruel realidade, milhares de pessoas adoecem todos os dias, e é preciso perguntar-se no futuro: afinal, as vacinas podem controlar a evolução do vírus?

Isso dependerá da capacidade da vacina de acompanhar a variante e da duração da imunidade. Em outras palavras, a resposta é: sim. Com a vacina, o Paraná inevitavelmente entrará no fim da fase aguda da pandemia. Agora, mais de 60% da população vacinada já recebeu pelo menos uma dose da vacina, 20% estão totalmente protegidos e a eficácia coletiva é ainda maior melhorado.

É o que afirma o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, em entrevista concedida para a Agência Estadual de Notícias. Nesta conversa, ele se mostra esperançoso ao observar os primeiros efeitos positivos da vacinação contra a Covid-19 no Paraná. Segundo ele, passados seis meses, não apenas é possível garantir que as vacinas – avaliadas e reavaliadas por cientistas – são seguras e eficazes, mas também constatar que. independente da tecnologia utilizada, a aplicação em larga escala dos imunizantes permite avanços importantes na contenção da pandemia no Estado.

O Paraná já tem mais de 5 milhões pessoas vacinadas, com isso, obteve redução na hospitalização de idosos, por exemplo. O grupo foi totalmente coberto pela campanha de imunização.

De acordo com o secretário, nos meses de fevereiro e março deste ano 65% das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) estavam ocupadas com pacientes com mais de 60 anos, enquanto nos primeiros 10 dias de julho essa taxa estava em 27%.

Já o impacto das vacinas na curva de contaminação geral, ainda não reflete nos números gerais, por conta do atraso das notificações.

Durante o período de seis meses, foram distribuídas no Paraná quatro vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa):

  • CoronaVac, vacina adsorvida inativada, fabricada pela Sinovac (China) e Instituto Butantan (Brasil);
  • AstraZeneca, vacina recombinante, elaborada pela AstraZeneca, Oxford e Fiocruz;
  • Pfizer, vacina RNA mensageiro (RNAm), da parceria Pfizer e BioNTech;
  • Janssen, vacina recombinante, produzida pela Janssen-Cilag, braço farmacêutico da Johnson & Johnson.

Passado seis meses da primeira aplicação da vacina contra a Covid-19 no Paraná, quais são os efeitos observados?

Os principais efeitos são relacionados à construção do escudo imunológico coletivo da população, uma vez que o grupo de vacinados aumenta, diminui a transmissão e a contaminação geral da população. Com isso, a força de reprodução do vírus também é contida, pois ele começa a encontrar organismos protegidos, mesmo que parcialmente, ao levar em consideração a parcela de pessoas que se vacinou com a primeira dose. Contudo, sem dúvida alguma, a vacinação tem sido o principal instrumento de defesa nesse momento, isso é o que vai nos dar a condição de superar essa dificuldade do coronavírus.

O Paraná apresenta diminuição no índice de ocupação de leitos principalmente de pessoas idosa. Isso tem alguma relação com a vacina?

Durante os meses de fevereiro e março deste ano, quando a cepa P1 (variante brasileira) começou a se manifestar no Paraná, 25% dos casos estavam relacionados a essa variante. Na mesma época, do total de pacientes do Paraná que estavam internados em leitos de UTIs, 65% tinham mais de 60 anos de idade. Atualmente, 80% dos casos confirmados têm prevalência da cepa P1 amazônica, mas o número de internados nessa faixa etária caiu para 27%, ou seja, as infecções mais graves já não atingem tanto quanto antes as pessoas com mais de 60 anos de idade – um resultado muito positivo da vacinação.

Havia essa projeção ou até mesmo otimismo de que com o avanço da vacinação o Paraná atingiria o fim da fase mais aguda da pandemia?

Nossa luta desde o início é para isso. Já tivemos fases piores e fases não tão ruins, mas o fato é que a pandemia mudou radicalmente a vida de todos, e nós queremos a nossa vida normal de volta. Claro, trabalhamos o tempo todo para ter vacinas, para vacinar e atingir os objetivos. Se tivéssemos vacinas já no ano passado, teríamos feito o dever de casa, porque temos capacidade de vacinar muita gente ao mesmo tempo. Trabalhamos com as vacinas disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, que nas últimas semanas enviou um número um pouco maior de doses. Com muita agilidade, distribuímos esses imunizantes aos municípios, que por sua vez, têm feito um grande trabalho na vacinação da população.

Apesar da queda de hospitalizações, a contaminação geral continua em alta. Isso pode ser por conta das variantes?

Com o retorno de algumas atividades, como exemplo as escolas estaduais,  houve também um aumento passageiros no transporte coletivo, consequentemente a circulação e a continuidade do trabalho dos profissionais dos serviços essenciais que nunca pararam de atender a população. Tudo isso estimula a transmissão do vírus. Ainda temos um grande número de casos, e o surgimento de cepas novas, variantes do coronavírus. Mesmo assim, os casos têm se revelado cada vez mais leves, já não são tão perversos como aqueles do ano passado ou do início deste ano. Reitero, a contaminação ainda é um problema, mas já apresenta queda. Caiu em torno de 30% nos últimos 30 dias.

O que se descobriu sobre a capacidade das vacinas em relação às novas variantes?

É importante explicar que a aparição de variantes é normal no mundo dos vírus invisíveis. A cepa P1 foi descoberta em novembro/dezembro no Amazonas, e hoje ela é predominante no Brasil: 80% dos casos de coronavírus no País são relacionados à cepa brasileira. Continuamos estudando tudo isso e prontos para analisar outras cepas que vão aparecer. Até agora, as vacinas têm se mostrado eficazes até contra essas variantes.

A transmissão das novas variantes é pior do que outras cepas de coronavírus?

Cada uma tem a sua condição de transmissão. Temos cepas que são mais transmissíveis que as demais, como por exemplo, a cepa P1 e a própria variante delta (indiana), que tem muita força de transmissão. Contudo, as outras já estavam dentro do que era esperado, porque os casos clínicos são muito parecidos. As novas cepas e variantes têm um comportamento específico, mas nada muito diferente daquilo que a gente já vem observando. Os efeitos de todas elas geralmente estão relacionados a perda do olfato, perda do paladar, febre, falta de ar, dor no corpo, e todos aqueles outros sintomas que já foram relatados. O que diferencia é sua estrutura molecular e o contexto de ter ou não defesa maior ou menor pelas vacinas já produzidas. Até o ano que vem nós certamente vamos ter vacinas diferentes para atender essas demandas das novas cepas e das novas variantes.

É possível que a vacinação contra a Covid-19 seja anual assim como a gripe?

Sim, já trabalhamos com a hipótese de ter que realizar a vacinação contra o coronavírus todos os anos, assim como a vacinação contra a gripe. Será mais uma vacina anexada ao calendário vacinal obrigatório dos brasileiros. Quem sabe daqui uns dois ou três anos poderemos ter uma única vacina que congregue gripe, Influenza e Covid. Essa é uma possibilidade.

Estamos em um cenário um pouco melhor do que já vivemos e a expectativa é continuar dessa forma, mas ainda existe a preocupação de uma onda mais forte no Estado?

A preocupação sempre existe e a nossa missão é estarmos preparados para situações mais graves. O fato é que existe uma pandemia instalada no mundo e a emergência em saúde pública de interesse internacional, conceito cravado pela Organização Mundial de Saúde, em 12 de março de 2020, ainda não foi rebaixado. Continuamos com o vírus circulando fortemente, então o cuidado é permanente. Sendo assim, devemos reforçar sempre os cuidados com o distanciamento social e higienização das mãos e objetos pessoais.

Isso reforça a necessidade de manter todos os cuidados de prevenção?

Reitero meu pedido de cuidado, sempre de muito cuidado, com o uso das máscaras, lavagens das mãos, uso do álcool em gel, e, se possível, evitar aglomerações e ambientes fechados. Também é preciso manter foco na testagem e na vacinação. A vacina nesse momento é fundamental, ninguém pode deixar de tomar a segunda dose, ninguém pode simplesmente se recusar a tomar a vacina. Ela não é obrigatória, mas é uma opção que tem que ser levada em conta de maneira firme. Essa é uma decisão de amor, solidariedade humana, solidariedade cristã. Caso contrário, aquele organismo continua livre para ser infectado pelo coronavírus. Se temos uma infecção de transmissão comunitária franca e livre, fatalmente quem não tomar vacina será um campo fértil para ser atingido pelo vírus. As consequências nós conhecemos, pode ser a ocupação de um leito hospitalar ou, na pior das hipóteses, a perda da própria vida. Então, com muita esperança, eu falo: vamos vacinar!

E sobre escolher a vacina?

A vacina que tiver aprovada pela Anvisa merece estar no braço da população paranaense. A vacina que estiver disponível na Unidade Básica de Saúde, nos centros de vacinação, de qualquer município, é uma vacina avaliada e aprovada pela Anvisa, por isso serve muito bem para o povo brasileiro e para o povo paranaense. Precisamos superar cada vez mais o número de vacinados para poder, quem sabe, ali na frente, ter mais regras de flexibilização.

WRTVBr & Edilson Ales Sempre com VOCÊ!

Fonte: Agência de Notícias do Paraná.

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