Mais segurança e menos esforço físico para os banhistas e pescadores. Esses são os desejos dos profissionais da pesca de Martinhos, na Costa Paraná, que estão animados com a recuperação e modernização do litoral. O projeto é executado pelo Instituto Água e Terra (IAT) vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Turismo (Sedest).
Mais segurança e menos esforço físico para os banhistas e pescadores. Esses são os desejos dos profissionais da pesca de Martinhos, na Costa Paraná, que estão animados com a recuperação e modernização do litoral. O projeto é ex
Na zona onde está instalada a comunidade dos pescadores, junto ao rio Matinhos e o Mercado do Peixe, o projeto visa melhorias relacionadas com a infraestrutura urbana, como revitalização e drenagem do asfalto, bem como melhores acessos aos ônibus turísticos e ligações com a praia.
“Vai melhorar muito a vida de todos, facilitar a saída das embarcações e não vamos precisar ficar pescando em cima das pedras por causa da maré alta”, disse Lopes Fabiano Ramos, mais conhecido como Sapo. Ele é pescador, diretor do Mercado do Peixe em Matinhos e presidente Associação dos Pescadores da cidade.
Ele representa a quinta geração de pescadores na região. Já sem acreditar, pois as promessas são feitas há anos. Por isso ele participou de todas as audiências públicas e reuniões que esclareceram as etapas das obras. “Somos uma comunidade de 120 anos de existência na cidade. Nas audiências públicas ficamos sabendo que teremos mais 300 metros de areia, sem perigo de atropelar banhistas e bater nas pedras”, destacou.
Ainda destaca, que são 76 embarcações que atuam na região todos os dias. São aproximadamente 300 pescadores profissionais. Contando todos os profissionais que trabalham no Mercado do Peixe, este número ultrapassa 600 pessoas beneficiadas direta e indiretamente.
Por exemplo, a família do seu Osvaldir Salles Felício, composta por esposa, três filhos e sete netos, depende da pesca. Segundo ele, a revitalização vai melhorar a rotina da cidade e criar a possibilidade de evitar transtornos desnecessários com os barcos.
“Qualquer pescador hoje em dia tem um grande trabalho para colocar e tirar as embarcações no mar. Com mais areia, área maior de manobra, as condições ficam muito mais favoráveis”, disse o pescador, que exerce essa função há mais de 30 anos. “Se essa obra sair, ficaremos surpreendidos e extremamente felizes”.
Compõem parte do maior investimento em um único município do Litoral da América do Sul. O edital de licitação foi lançado no mês anterior, com investimentos de R$ 377,8 milhões na primeira etapa e R$ 124,7 milhões na segunda.
O projeto de recuperação prevê intervenções para estancar os efeitos provocados pela erosão do mar, bem como contribuir para o controle das cheias na região.
“Quando chove muito ou tem vento, as ondas destroem a estrutura da orla, invadem a cidade. A maré alta já enterrou rede, motor e muitas canoas quebraram”, disse Adail João Pinto, pescador e presidente da Colônia de Pescadores da Zona 4 de Matinhos. ele aponta que as obras foram pensadas para equilibrar a necessidade de desenvolvimento com a tradição de Matinhos.
Será feito paisagismo com o plantio de árvores nativas, nos oito quilômetros de extensão da orla, bem como a construção de ciclovia, pista de caminhada e estacionamento, também melhoria no sistema de iluminação.
“É uma obra que saiu do papel depois de 30 anos porque tivemos todo o zelo na parte ambiental. Através das estruturas marinhas, a orla vai ter melhor balneabilidade, com menos risco de doenças e enfermidades na areia, além de beneficiar o turismo”, aponta o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes.
NOVO MERCADO DO PEIXE – Também está previsto, para a 2ª etapa das obras, nos próximos anos, a revitalização do Canal do Rio Matinhos e ainda mais melhorias. A comunidade já solicitou a construção de um novo Mercado do Peixe e a transformação do atual em um museu, criando assim, um novo atrativo aos turistas que visitam o município.
“O IAT, em parceria com a prefeitura do município, deve providenciar a elaboração de um projeto e a execução para as novas instalações do mercado, integrando-o ao projeto de revitalização do canal e às obras marítimas”, destacou o diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do IAT, José Luiz Scroccaro.
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Fonte: Agência de Notícias do Paraná
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